TIRADENTES
FOI MAÇOM
Para glória
do Grande Arquiteto do Universo.
“A
paz do Senhor esteja convosco” (Jesus Cristo).
Registra
a História Pátria que Joaquim José da Silva
Xavier, o Tiradentes, nasceu em 1746, na Fazenda do Pombal,
entre São José (hoje Tiradentes) e São
João del Rei, Minas Gerais. Órfão de mãe
aos nove anos e de pai aos onze, foi criado pelo padrinho. Fez
opção pela carreira das armas, e é Patrono
da Odontologia e da Polícia Militar.
Tiradentes é considerado o grande mártir da Independência
do Brasil.
Foi mascate, pesquisador de minerais, médico prático
e tornou-se conhecido, na sua época, na então
capitania, por sua habilidade com que arrancava e colocava novos
dentes feitos por ele mesmo, com grande arte.
Sobre sua vida militar, sabe-se que pertenceu ao Regimento de
Dragões de Minas Gerais. Ficou no posto de alferes, comandando
uma patrulha de ronda do mato, prendendo ladrões e assassinos.
Se como militar não foi muito longe, como civil foi um
grande líder... E líder de um movimento de nobre
causa.
Da mais nobre e legítima de todas as causas, isto é,
a Independência da Pátria, como se verá
a seguir.
Em 1789, o Brasil – Colônia de Portugal começava
a apresentar algum progresso. A população crescia,
os meios de comunicação eram mais fáceis,
a exportação de mercadorias para a metrópole
aumentava cada vez mais. Os colonos iam tendo um sentimento
de autonomia cada vez maior, achando que já era tempo
de o nosso país fazer a sua Independência do domínio
português.
Houve, então, em Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto-MG,
uma conspiração com o fim de libertar o Brasil
do jugo português e proclamar a República. Uma
das causas mais importantes do movimento de Vila Rica foi a
independência dos Estados Unidos da América do
Norte, que se libertara do domínio da Inglaterra em 1776,
e também o entusiasmo dos filhos brasileiros que estudaram
na Europa, de lá voltando com idéias de liberdade.
Ainda nessa ocasião não estava boa a situação
econômica da Capitania de Minas Gerais, pois as minas
já não produziam muito ouro e a cobrança
dos impostos (feita por Portugal) era cada vez mais alta.
O governador de Minas Gerais, Visconde de Barbacena, resolveu
lançar a derrama, nome que era dado à cobrança
dos impostos. Por isso, os conspiradores combinaram que a revolução
deveria irromper no dia em que fossem cobrados esses impostos.
Desse modo, o descontentamento do povo, provocado pela derrama,
tornaria vitorioso o referido movimento.
A conjuração começou a ser preparada. Militares,
escritores, poetas, magistrados e sacerdotes tomaram parte nos
planos de rebelião. Os conspiradores pretendiam proclamar
uma república, com a abolição imediata
da escravatura, procedendo à construção
de uma universidade, ao desenvolvimento da educação
para o povo, além de outras reformas sociais de interesse
para a coletividade.
Uma das primeiras figuras da inconfidência foi Tiradentes.
O movimento revolucionário ficou apenas em teoria, pois
não chegou a se realizar.
Em março de 1789, o Coronel Joaquim Silvério dos
Reis, considerado amigo dos conjurados, traiu os revoltosos,
ao denunciar o movimento ao governador.
Tiradentes achava-se, nessa ocasião, no Rio de Janeiro.
Percebendo que estava sendo vigiado, procurou se esconder em
uma casa da Rua dos Latoeiros, atualmente Gonçalves Dias,
sendo ali preso. Os prisioneiros conjurados foram condenados
à morte pela forca.
No dia seguinte, uma nova sentença modificava a anterior,
mantendo a pena de morte somente para Tiradentes, que foi enforcado
a 21 de abril de 1792, no Largo da Lampadosa, Rio de Janeiro.
Seu corpo foi esquartejado, sua cabeça foi erguida em
um poste em Vila Rica, arrasaram a casa em que morava e declararam
infames os seus descendentes.
Trinta anos depois seu ideal se concretizou, com o célebre
grito do Ipiranga de “Independência ou Morte”,
feito por Dom Pedro I.
Naquela época não se Iniciava Maçom e nem
havia Obediência ou Loja Maçônica instituída
como hoje, funcionando nos Templos Maçônicos. Quase
nada se escrevia sobre a Maçonaria, daí alguns
dizerem que Tiradentes não foi Maçom, mas ele
foi Iniciado ‘por comunicação’ nos
augustos mistérios da Ordem Maçônica por
José Álvares Maciel. E foi um valoroso Irmão.
O dia 21 de abril é Feriado Nacional, com o que este
articulista relembra o patriotismo de Joaquim José da
Silva Xavier – Tiradentes e lhe rende esta justa homenagem.
Rogo ao Grande Arquiteto do Universo para que continue nos abençoando.
*Colaborador, registro DRT/MA nº 53. Grão-Mestre
“Ad Vitam” do GOAM, hoje GOEMA, e Grande Inspetor
Geral da Ordem, Grau 33º do REAA. Site www.osvaldopereirarocha.com.br
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