NEGRO COSME
Para honra e glória do Grande Arquiteto do Universo (Deus
Pai). O pobre com Deus é tudo e o rico sem Deus é
nada. “O Brasil acima de todos e Deus acima de tudo”.
Pátria Amada, Brasil.
Mediante
pesquisa, faço uma síntese da biografia do Líder
da Insurreição negra que fez parte da Balaiada,
uma das maiores rebeliões populares da História
do Brasil, Cosme Bento das Chagas, conhecido como Negro Cosmenasceu
em Sobral – CE, por volta de 1800. Nasceu livre e vivia
de pequenos expedientes, sabia ler e escrever. Foi preso em
22/09/1830, por ter assassinado Francisco Raimundo Ribeiro,
em Itapecuru-Mirim, sendo enviado para São Luís,
Capital do Estado do Maranhão. Negro Cosme fugiu da cadeia
em 1º/05/1833, depois de liderar um levante de presos.
Ficou foragido até 1838, quando foi capturado, em Codó
– MA. Nesse tempo ficou escondido em vários quilombos
da região de Itapecuru-Mirim.
Quando a Balaiada estourou em dezembro de 1838, ele se encontrava
preso na capital maranhense, não participando da insurreição
até o final de 1839. Fugiu da prisão em outubro
de 1839 e em novembro do mesmo ano já se tinha notícias
dele liderando os escravos nas várias fazendas situadas
às margens do Rio Itapecuru. No final de 1839, Negro
Cosme já era conhecido como o Imperador da Liberdade.
Entre fevereiro e setembro de 1840, Luís Alves de Lima
e Silva, Duque de Caxias, O Pacificador e Patrono do Exército
Brasileiro, além de Maçom de renome nacional,
havia praticamente derrotado todos os rebelados, com exceção
dos negros sob o comando do Negro Cosme. Na Balaiada, os negros
foram os últimos a capitularem. A insurreição
foi dada por terminada somente quando as tropas legais capturaram
Cosme. A captura ocorreu depois de uma sangrenta batalha realizada
em Calabouço, no Município de Mearim, em 07/02/1841.
Preso, seu processo foi aberto em março de 1841, arrastando-se
por mais de um ano, pois somente em 05/04/1842, realizou-se
o seu julgamento e Negro Cosme foi condenado à forca
por liderar no Maranhão uma das mais temidas insurreições
do povo negro, já ocorridas no Brasil. À frente
dos quilombolas, lutava para por fim à escravidão,
junto com líderes como o Índio Matroá,
o vaqueiro Raimundo Gomes e Manoel Ferreira dos Anjos, o Balaio.
Cosme liderou um exército de escravos formado principalmente
por africanos, visto que no Maranhão tinha um grande
contingente de negros naquela época. Negro Cosme organizou
um grande quilombo em Lagoa Amarela e nele fundou uma escola.
Ele contou com um exército de aproximadamente três
mil homens.
Luís Alves de Lima e Silva, O Pacificador, só
considerou a província ‘pacificada’ após
a prisão do Negro Cosme. E Cosme foi enforcado em Itapecuru-Mirim
em 20/09/1842, transformando-se em símbolo da luta contra
a escravidão.
Viva o Brasil, a Maçonaria e as memórias do Duque
de Caxias e do Negro Cosme, viva!
Rogo ao Grande Arquiteto do Universo para que nos ilumine e
guarde.
*Colaborador, registro DRT/MA nº 53. Auditor-Fiscal
do Trabalho aposentado, Advogado e Escritor. Site: www.osvaldopereirarocha.com.br
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