MOMENTOS
DE FALAR E CALAR
Participei de uma palestra que durou menos de trinta minutos,
posto que o palestrante primou pela objetividade e, por isso
mesmo, agradou a todos os presentes. Mas a alegria durou pouco,
ou seja, dada a palavra a quem pretendesse perguntar alguma
coisa, um dos ouvintes dela fez uso, por quase vinte minutos,
tecendo elogios, erguendo o dedo quando falava com voz alta
e fez questão de repetir quase tudo que o palestrante
dissera.
Alguns dos presentes fingiam meditar sobre as palavras do impertinente,
todavia, cochilavam. Eu fui um destes. Lembrei-me das palavras
de Jesus Cristo que disse publicamente o seguinte: quando fores
convidado por alguém para uma festa ou reunião,
não te sentes no primeiro lugar do auditório,
pois talvez tenha sido convidado alguém mais importante
do que tu e aquele que convidou os dois venha e te diga para
ceder o teu lugar para aquele. Então tu, envergonhado,
irá ocupar o último lugar.
Quando fores convidado, senta-te no último lugar para
que, quando chegar quem te convidou te diga amigo, vem mais
para perto da mesa diretora dos trabalhos. Então terás
grande honra na presença de todos os convidados.
Em eventos de qualquer natureza, não é bom fazermos
uso da palavra sem necessidade, principalmente depois de o assunto
principal ter sido abordado e com acerto por quem de direito.
Se houver alguma pergunta pertinente ou observação
inteligente, que represente prestígio para o palestrante,
tudo bem, isto é, fale em poucas palavras, algo que tenha
conteúdo. Não seja repetitivo.
Eis algumas regras recomendadas para os momentos: pense bem
antes de falar para não cometer tolices ou servir de
chacota quando estiver ausente; se você não tem
nada para dizer, fique calado, ou seja, economize a voz e poupe
os ouvidos alheios; se o que você tem para dizer não
é positivo, conciliador e construtivo abstenha-se de
falar, pois mais valem dois marimbondos voando do que um na
mão; nunca despreze a inteligência das pessoas
participantes, com você, de um evento que poderão
lhe fazer sombra; aprenda com as palavras suaves dos pacificadores
e com suas ações. Afinal, a melhor lição
está no exemplo e lembre-se sempre de que o amigo é
aquele que tem coragem de lhe corrigir e de lhe dizer não.
Nunca é demais lembrar que amigo é aquele que,
se ouvir elogios exagerados a você, os corrige, e se ouvir
alguém falar mal de você, lhe defende; que a morte
virá para todos nós e cada um será lembrado
apenas pelo que fez e pelo amor que soube dar e receber e que
ninguém será lembrado pelos discursos que fez.
Lembre-se, finalmente, que Deus fez o homem e a mulher com dois
ouvidos e uma boa, por certo para que saiba ouvir muito e pouco
falar.
Neste ano de 2013 e nos subsequentes, seja humilde, tolerante
e harmônico. (Artigo baseado em matéria do Irmão
Maçom Otavio Vieira Machado, denominada Desconfiômetro).
*Grão-Mestre “Ad Vitam” do GOAM; membro das
seguintes Academias: Maçônica Internacional de
Letras - AMIL; Maçônica de Ciências, Letras
e Artes – AMCLA, Maçônica Maranhense de Letras
– AMML e Paraibana de Letras Maçônicas e
dos Institutos Histórico e Geográfico do Maranhão
– IHGM e Histórico da Maçonaria Maranhense
– IHMM. E-mail: rocha.osvaldo@uol.com.br e site www.osvaldopereirarocha.com.br
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